segunda-feira, 23 de novembro de 2009


É Outono e chove lá fora. Cá dentro caem apenas as gotas de suor que escorrem pelos nossos corpos. Na lareira crepita um fogo tão intenso como a paixão dos teus beijos. Querias que te abrisse os meus desejos cerrados?! Pois aqui me tens. Este corpo que parece não se decidir, ora tímido, ora impetuoso. Por vezes calmo, de olhar sereno, às vezes tempestuoso, enjaulado, prestes a explodir. Aqui me tens e hoje estou assim: arrebatadora, entusiasta, fervorosa… As nossas mãos entregam-se às carícias. Os nossos corpos enlaçam-se como se estivessem prestes a fundir-se. Estremeço quando me beijas e quando te sinto a ocupares-te de todos os recantos do meu corpo. Este corpo que treme e se dobra ao desejo acumulado. Entramos então numa luta de braços e pernas, bocas e línguas, uma longa batalha que parece não ter fim à vista e que se adivinha prolongar pela noite fora... porque me preenches, porque me satisfazes. E é assim que continuamos a alimentar este fogo interior que não tem pressa de se apagar.
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escrito por m.